O lenga lenga pseudo-intelectual sobre os famigerados "rolezinhos" estão enchendo os noticiários e blogs (olha só eu aqui!) pelo Brasil, são debates e mais debates sobre como essa prática singular, mas que não é novidade, está provocando uma nova onda de revolução social. Balela! Vejam só a opinião da nossa ilustre leitora Lílian Dias Coelho, em um texto curto e conciso e que versa sobre um ponto de vista interessante.
"Entendendo 'rolezinhos'.
Cientistas sociais,
psicólogos tentam diagnosticar a onda do momento: invadir áreas públicas, no
caso shoppings (por enquanto), para brincar, correr, causar destruição,
badernar, protestar... o que é afinal, qual o propósito disso, essa disposição
pode ser voltada numa “onda” positiva? O ser humano em sua essência está numa
fase de transformação mais elevada, se desenvolvendo potencialmente, e nesse
momento descobriu o poder, a força da união de interesses (ou interessados) no
propósito de modificar algo, materializar ideias. Está se redescobrindo
enquanto consciência, experimentando a novidade da comunicação e atitudes on-line.
O lado negativo ou infeliz e que torna o experimento conhecido está sendo direcionado pelas forças
inferiores à coisas e assuntos do mesmo nível, naturalmente singular ao estado
moral dos envolvidos nos movimentos. É preciso elevar o nível desse movimento,
para coisas mais construtivas e nobres. Tem muita gente sofrendo com as chuvas,
fome, frio e falta de orientação em assuntos básicos. Que tal um “rolezinho”
nas comunidades carentes, principalmente onde houve destruição de moradias e há
falta de assistência básica de saúde? Toda essa disposição atualmente mal
empregada será bem mais útil. Quer protestar de forma eficiente contra o Sistema?
Se informar melhor como funciona a política, os serviços públicos como poderão
mobilizar as mudanças nos impostos que paga, e na hora de votar estuda bem Quem
vai te representar.
A priori, cabe às autoridades preservarem a ordem
esclarecendo a toda população sobre seus direitos e LIMITES em como manifestar
suas expressões. O DIREITO que assiste a TODOS termina quando fere o do outro. Demonstração de indignação, descontentamento, requerer respeito por parte de
quem quer que seja a outra parte, não pode ser ferindo pessoas, destruindo
patrimônio e bens indiscriminadamente. O que se quer conquistar tem que ser
feito nos moldes do que se deseja. Quer um mundo melhor? Seja você a mudança,
seja melhor.
Lílian Dias Coelho Técnica em Segurança pública."